Com pronunciamentos incisivos e esclarecedores, Roberto Requião é um pemedebista e mesmo um político pas comme les autres. Faz o que deveriam fazer os políticos: argumenta, esclarece, polemiza quando necessário. E assim, torna-se uma figura "inusitada" no meio da pasmaceira, do conformismo, da mediocridade, da incultura, da má-fé, do oportunismo e da ignorância generalizadas.
Alguns (vários) senadores e políticos da oposição no Brasil hoje, ofendem diariamente a inteligência do público, a quem seguramente devem desprezar tanto quanto desprezam a inteligência própria ou não seriam tão despudorados em exibir suas mentes ralas e o oportunismo que tudo reduz ao denominador "comum" do interesse (pecuniário) imediato.
A política rastaquera dominante (um fenômeno global, seguramente, com diversas formas de manifestação) se espelha no pseudo-jornalismo do monopólio conservador da comunicação no Brasil - a continuação da ditadura por outros meios. Uma e outra, imprensa e política mesquinha, se merecem e se complementam. Ninguém mais merece.
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Aqui a notícia da Agencia Senado:
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
O senador Roberto Requião (PMDB-PR)
criticou decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que, segundo ele,
escandaliza o mundo e pode inviabilizar a recuperação econômica da
Argentina. A Justiça americana negou a possibilidade de o governo
argentino quitar parte de sua dívida a credores que aceitaram uma
renegociação e não fazer os pagamentos exigidos por fundos especulativos
que rejeitaram o acordo.
Na semana passada, um juiz determinou a
devolução à Argentina de US$ 539 milhões destinados a credores que
participaram da reestruturação da dívida. Os fundos que não aceitaram a
renegociação, por sua vez, querem o pagamento integral de US$ 1,3
bilhão.
Requião
afirmou que medidas adotadas pelo governo Menem, nos anos 80, levaram a
economia argentina praticamente à falência, com uma enorme dívida
externa. Em 2005 e 2010, o país renegociou a dívida com 93% dos credores
internacionais, que aceitaram receber valor inferior ao total da
dívida. Isso, de acordo com o senador, ajudou o país a registrar
crescimento de 8% ao ano.
Requião
explicou que, se os fundos especulativos saírem vitoriosos, o acordo de
renegociação vai perder efeito e a dívida externa argentina vai subir
para cerca de US$ 120 bilhões, já que os demais credores também podem
decidir exigir o pagamento integral. Esse resultado, ressaltou o
senador, sufocaria a economia local e o país ainda correria o risco de
ficar inadimplente.
- Somos
todos argentinos neste momento. Concluo com uma convocação: cerremos
fileira com a Argentina. Defendê-la neste momento é defender a vida
contra a força bruta dos agentes da morte, os vampiros e abutres do
capital vadio. É preciso que a voz forte da consciência latinoamericana
se levante! - disse Requião, pedindo o apoio da Celac, Unasul, Mercosul e
Parlasul à reivindicação argentina.